
Vivia-se numa época caracterizada pela fragmentação política: os reis, por falta de força e de meios, entregavam aos companheiros de armas o governo de algumas terras.
O alargamento para sul do reino de Leão e Castela, assim como de outros reinos cristãos, determinou que famílias poderosas, submetidas ao domínio daqueles reinos, e lesados nos seus interesses, principiaram a opôr-se a este poder central.
Ao sul da Galiza existia uma família que governava um conjunto de terras na região de Portucale (nome que deriva de duas cidades Portus e Cale situadas na foz do rio Douro defronte uma da outra), sob um regime de quase completa autonomia a onde se verificava uma nítida tendência oposicionista ao poder central.
Neste contexto a Província Portucalense - região entre o Minho e o Tejo - foi doada por causa do auxílio prestado na conquista de Toledo, Santarém e Lisboa, cerca do final do Séc. XI, por volta de 1093, por Afonso VI rei de Leão e Castela, sob a forma de condado hereditário, ao Conde D.Henrique, - que reunia em suas mãos todos os poderes militares, judiciais e administrativos dos quais dispunha com a maior amplitude, - pertencente à nobreza francesa, e neto do rei de França, Roberto II.
Independência do Condado
D.Henrique, era bastante poderoso para fàcilmente se possuir da ideia de independência e rebelião, comum naquela época, e como os distritos desta província estavam demasiado afastados da acção imediata do rei, ràpidamente procura tornar o seu Condado independente libertando-se da tutela do rei de Leão e Castela.
Era grande o seu espírito de independência.
Após o seu falecimento em 1114, assumiu o governo sua esposa D.Teresa, filha bastarda de Afonso VI, que continuou a lutar àrduamente pela independência do Condado sem nenhum êxito.
D.Teresa deixara-se cativar pelo prestígio de Fernão Peres, conde de Trava e fidalgo galego, que pretendeu casar com ela, desapossando assim os direitos de Afonso Henriques, que nunca vira com simpatia os amores de sua mãe.
O jovem Afonso pôs-se à frente dum movimento revolucionário preparado por fidalgos portugueses que conduziu a uma renhida batalha junto a Guimarães.
Após a batalha de S.Mamede em 1128 frente às tropas de sua mãe, fica senhor do Governo, expulsando-a para a Galiza e aos fidalgos galegos e portugueses que a acompanhavam nessa intentona.
Conseguiu derrotar por várias vezes os leoneses de quem o Condado dependia administrativamente, e os Mouros seus vizinhos a quem tomara já algumas terras.
Muito se distinguiram nestas reconquistas as ordens religiosas e militares - Templários, Santiago, Hospitalários e Calatrava, desempenhando uma acção importantíssima no alargamento do território, sua consolidação e defesa.
Reino de Portugal
D. Afonso Henriques continua a política do pai pelo alargamento do território e autonomia do Condado.
Visando transformar este feudo numa nação independente, D.Afonso Henriques - governador do Condado Portucalense - vassalo de Afonso VII rei de Leão e Castela que nunca cumpriu a vassalagem, conseguiu que este, pelo Tratado ou conferência de Samora em 1143 lhe concedesse definitivamente a independência e o título de Rei de Portugal, que o Papa não confirmou, concedendo-lhe apenas o título de "dux Portucalorum".
O alargamento para sul do reino de Leão e Castela, assim como de outros reinos cristãos, determinou que famílias poderosas, submetidas ao domínio daqueles reinos, e lesados nos seus interesses, principiaram a opôr-se a este poder central.
Ao sul da Galiza existia uma família que governava um conjunto de terras na região de Portucale (nome que deriva de duas cidades Portus e Cale situadas na foz do rio Douro defronte uma da outra), sob um regime de quase completa autonomia a onde se verificava uma nítida tendência oposicionista ao poder central.
Neste contexto a Província Portucalense - região entre o Minho e o Tejo - foi doada por causa do auxílio prestado na conquista de Toledo, Santarém e Lisboa, cerca do final do Séc. XI, por volta de 1093, por Afonso VI rei de Leão e Castela, sob a forma de condado hereditário, ao Conde D.Henrique, - que reunia em suas mãos todos os poderes militares, judiciais e administrativos dos quais dispunha com a maior amplitude, - pertencente à nobreza francesa, e neto do rei de França, Roberto II.
Independência do Condado
D.Henrique, era bastante poderoso para fàcilmente se possuir da ideia de independência e rebelião, comum naquela época, e como os distritos desta província estavam demasiado afastados da acção imediata do rei, ràpidamente procura tornar o seu Condado independente libertando-se da tutela do rei de Leão e Castela.
Era grande o seu espírito de independência.
Após o seu falecimento em 1114, assumiu o governo sua esposa D.Teresa, filha bastarda de Afonso VI, que continuou a lutar àrduamente pela independência do Condado sem nenhum êxito.
D.Teresa deixara-se cativar pelo prestígio de Fernão Peres, conde de Trava e fidalgo galego, que pretendeu casar com ela, desapossando assim os direitos de Afonso Henriques, que nunca vira com simpatia os amores de sua mãe.
O jovem Afonso pôs-se à frente dum movimento revolucionário preparado por fidalgos portugueses que conduziu a uma renhida batalha junto a Guimarães.
Após a batalha de S.Mamede em 1128 frente às tropas de sua mãe, fica senhor do Governo, expulsando-a para a Galiza e aos fidalgos galegos e portugueses que a acompanhavam nessa intentona.
Conseguiu derrotar por várias vezes os leoneses de quem o Condado dependia administrativamente, e os Mouros seus vizinhos a quem tomara já algumas terras.
Muito se distinguiram nestas reconquistas as ordens religiosas e militares - Templários, Santiago, Hospitalários e Calatrava, desempenhando uma acção importantíssima no alargamento do território, sua consolidação e defesa.
Reino de Portugal
D. Afonso Henriques continua a política do pai pelo alargamento do território e autonomia do Condado.
Visando transformar este feudo numa nação independente, D.Afonso Henriques - governador do Condado Portucalense - vassalo de Afonso VII rei de Leão e Castela que nunca cumpriu a vassalagem, conseguiu que este, pelo Tratado ou conferência de Samora em 1143 lhe concedesse definitivamente a independência e o título de Rei de Portugal, que o Papa não confirmou, concedendo-lhe apenas o título de "dux Portucalorum".